sábado, 8 de dezembro de 2012

Olááá, meus queridos!!!

Estou de volta!!! Nossa, mas que correria esse fim de ano, heim. Caramba!
Bom, ontem foi o último dia de prova na escola em que trabalho. Me despedi dos meus pequenos e como foi maravilhosa essa turma, de fato, será inesquecível. Os alunos cantaram até parabéns pra mim, pois meu aniversário é no fim deste mês, e na saída, não conseguiram se segurar e choraram de soluçar, pois não me veriam mais rs. Agora é só curtirem as férias, ninguém de recuperação, 100% de aproveitamento.

Bom, hoje posto o painel de Natal que fizemos. Percebi que o Natal mexe muito com eles e todos adoraram montá-lo. As crianças fizeram pequenos cartões onde escreveram seus desejos para todas as pessoas nesse natal, depois decoraram, pintaram as bolinhas, o brilho em volta da árvore, a estrela... Enfim, aí está o resultado.

Espero que tenham curtido!

Beijinhos,
Tia Bia.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Boa noite, amores.

Muito tempo sem postar aqui, mas é que realmente o tempo é curto rs.
Mas enfim, cá estou de volta!

Hoje posto folhinhas de redação!
Façam bom uso =)

Beijinhos,
Tia Bia.






segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Boa noite, galerinha!

Volteeei!!! Estava ocupadíssima com os preparativos para a feira de ciências da escola, que aconteceu dia 06/10. E é justamente isso que postarei aqui. É uma pena não colocar as fotos dos alunos, mas temos que respeitar o direito de imagem.
O tema da turma era a água, desde sua utilidade até o seu uso consciente, passando pelo o ciclo da água e inundações. Caracterizei a sala, tinha até som ambiente. Realizamos várias experiências e ainda tinha um stand só de jogos, para ver se os visitantes compreenderam a mensagem da turma. Formaram-se filas e filas para entrar na nossa sala, elogios consagraram a exposição. Foi um sucesso total! Vejam as fotos!

Beijinhos,
Tia Bia.
Rio.

Cartaz sobre as hidrelétricas.

Cartaz sobre a utilidade da água.

Cartaz sobre o ciclo da água.

Cartaz sobre os estados físicos da água.

Cartaz sobre as inundações.

Cartaz com um trecho da carta escrita em 2070.

Cartaz sobre o uso consciente da água.

Jogo dos 7 erros do despedício de água.

Jogo da trilha.

Painel do projeto da turma.

Recebendo os visitantes.

Recebendo os visitantes.

Recebendo os visitantes.

sábado, 29 de setembro de 2012

Bom sábado, galerinha!

Nossa, estava tão mal, dodói, mas ainda bem que já estou melhorando. Benditos remédios rs! \o/

Bom, hoje estou postando uma fotinho da explicação de um problema de matemática. Acho legal contextualizar bem para os alunos, com o objetivo deles assimilarem a ideia do problema e conseguirem resolvê-lo.

Eles vivem me zoando porque eu não desenho naaaaada. Dá pra perceber, né? rs. Mas eles conseguiram pegar a ideia e é isso que importa rs. Neste caso, inicialmente, desenhei apenas o aquário com as garrafas. Depois as crianças resolveram o problema no livro e me disseram a resposta, então completei o desenho.

Questão: Celina ganhou um aquário de sua avó. Para enchê-lo, ela precisou de 12 garrafas com 1 litro de água. Quantos litros de água cabem no aquário de Celina?

Beijinhos,
Tia Bia.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ESTRATÉGIAS PARA ESTIMULAR A TURMA A CUIDAR DO LIXO

Boa noite, amadinhos! Hoje vamos falar de lixo!

Sempre tive muita preocupação em conscientizar os alunos em relação ao lixo, mas não apenas conversando com eles, pois eles têm apenas 7 anos, precisam mesmo é de exemplos e referências do que é certo e errado. Meu real objetivo é modificar o modo como eles veem o lixo, de como devemos lidar com isso. Que não é simplesmente sair jogando lixo pela rua, é levá-los a perceber e compreender que isso é algo ruim e que pode ocasionar grandes impactos negativos para o meio ambiente e para as pessoas, que sofrem com as "respostas" que a natureza nos dá. Costumo dizer sempre pra eles que se fizermos o bem, receberemos o bem, mas se fizermos o mal, receberemos o mal.
Enfim, levo isso muito a sério, não somente como professora que transmite conhecimento para os alunos, mas tenho toda essa preocupação como cidadã, pois não consigo jogar nada na rua. Se como um chocolate e não tem lixeira na rua, guardo o papel na bolsa, na mochila ou no bolso da calça até chegar em casa. Não gosto de ir embora e deixar minha sala de aula toda suja, pois não é pelo fato de ter alguém da limpeza para limpar, que podemos deixar tudo sujo. Não é assim que funciona, acredito que somos responsáveis pelo lixo que criamos. Para mim, é questão de EDUCAÇÃO e RESPEITO.

Então, hoje posto aqui algumas fotos de como a minha sala de aula fica no final do dia e as estratégias que criei para que as crianças compreendessem a importância desse assunto:

Primeiro momento: Conversei muuuito com eles sobre pessoas que vejo jogando lixo na rua, citei vários exemplos e perguntei se eles já haviam visto algo do tipo. Todo dia eu chegava na sala de aula e contava uma situação diferente de lixo na rua. Uma vez, até citei a minha mãe, que abriu um chiclete no carro e ia jogar o papel pela janela. Contei pra eles que eu briguei com a minha mãe e não a deixei praticar esse ato. Isso é importante para que eles vejam que às vezes, até mesmo nossos familiares cometem esses erros e não é por que são crianças, que eles não podem intervir. Eles podem e devem!

Segundo momento: Decidi fazer uma experiência com eles. Levei duas peneiras, dois potes de sorvete, uma garrafa pet cheia de água, pedras, folhas, papéis, embalagens de biscoito, etc. Pedi para que eles imaginassem que as peneiras fossem os bueiros de rua e, os potes, o esgoto. Peguei a primeira peneira, coloquei em cima do primeiro pote e joguei água. Eles observaram que a água passou facilmente pela peneira e caiu no pote, então expliquei que quando a rua está limpa, toda a água da chuva vai diretamente para o esgoto. Em seguida peguei a outra peneira e o outro pote, mas dentro da peneira coloquei pedras, folhas de árvores, papéis de bala, embalagens de produtos, etc e joguei a água. Eles observaram que a água demorou para escoar e eu expliquei que é exatamente isso que provoca as enchentes. Quando jogamos lixo na rua, o lixo vai se acumulando e quando chove, a força da água vai levando todo o lixo em direção aos bueiros e acaba tapando a entrando dos bueiros, não deixando a água entrar.

Terceiro momento: A lixeira da nossa sala de aula é pequena, portanto devemos utilizá-la de forma inteligente para que o lixo não fique transbordando e deixando um ambiente desagradável. Então, observei que a lixeira ficava constantemente transbordada e acumulando lixo pelos lados, até por que, os alunos lancham dentro de sala e só vão para o recreio após se alimentarem. A partir daí, conversei com eles novamente sobre os cuidados que devemos ter com o lixo e apontei para a lixeira da nossa sala. Mostrei a eles que se amontoarmos tudo não solucionará o problema, pois a sala continuará suja devido ao tamanho da cesta. Então, sugeri que eles colocassem copos dentro de copos, papéis dentro de embalagens maiores, canudos dentro de garrafinhas e por aí vai. E então a cada dia eu selecionava 3 alunos para serem os responsáveis pelo lixo, eram eles que após todo lanche, recolhiam e organizavam como tudo deveria ficar guardado na lixeira, eu nem interferia e no final, eu elogiava, tirava uma foto e eles ficavam se sentindo rsrs. Eles sempre me perguntavam: "Tia, quem vai cuidar da lixeira hoje?" rsrs. Após toda a coleta e a organização do lixo, os três vão ao banheiro para lavar as mãos.

Quarto momento: Para deixar tudo mais divertido, criei uma musiquinha contendo o nome da faxineira da nossa sala (vocês podem colocar qualquer nome, até mesmo o de vocês), pra ser algo realmente vivido por eles. Enquanto cantamos juntos, vamos catando o lixo "grosso", ou seja, o lixo que realmente está em evidência, coisas "grandes", senão eles varrem o chão com a mão, catando as miudezas e aí as mãozinhas ficam todas sujas e não é esse o objetivo rsrs. Mas isso só fazemos se a sala estiver sujinha, o que NÃO acontece frequentemente.

Eis a música que eles adoram e vivem cantando. Ahhh, também posto a foto de como fica a nossa sala no fim de todas as aulas. E a Tia Rosa pode provar rs.

"VAMOS AJUDAR A TIA ROSA
NA NOSSA TURMA NÃO TEM LIXO NO CHÃO (duas palminhas)
VAMOS AJUDAR A TIA ROSA
PORQUE NA VIDA TEM QUE TER EDUCAÇÃO" (duas palminhas)


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Primavera!!!

Boa noite, queridos amigos!

Ah, que delícia, a primavera chegou! Tem tanta gente que gosta da estação das flores e que até marcam a data do casamento para esse mês rs. Bom, fizemos uma comemoração para o início da estação e elegemos o príncipe e a princesa da primavera. Por trás disso, tivemos uma conversa sobre as próximas eleições que acontecerão no Rio de Janeiro: por que eleger? Quem eleger? Como devemos votar na urna? Quais são as teclas da urna? Como as pessoas votavam antigamente? Como um candidato vence uma eleição? Enfim, debatemos o assunto para que as crianças entendessem melhor todo o esquema de eleição.
Então, fizemos a nossa. Os alunos votaram nos seus candidatos e depositaram o voto na urna. Os vencedores receberam as faixas de príncipe e princesa.

Umas gracinhas, não acham?

Beijinhos,
Tia Bia.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Boa noite, amorecos!!!

Nossa, estou cheia de novidades pra postar no blog! Ao longo da semana irei postando pra vocês verem.

Bom, amanhã, dia 25 de setembro, será o dia do trânsito e por isso, realizamos algumas atividades sobre este assunto em sala.
1º: Cantamos e dançamos a música "Atravessar a Rua", da Xuxa. "Tem que parar, olhar o sinal, olhar para um lado e para o outro. Tem que esperar fechar o sinal para atravessar". Todas as crianças que passavam pela sala olhavam e se animavam, pois a alegria dos alunos contagiava os que estavam de fora rs.
2º: Levei fotos de vááááárias placas de trânsito e expliquei a função de cada uma. Depois dividi a turma em 2 grupos, coloquei todos sentados no chão, um atrás do outro. A brincadeira tinha como objetivo dizer as funções das placas. Então, eu mostrava a foto da placa e o último aluno da fila tinha que falar a função no ouviido do amigo da frente até chegar na primeira criança, como telefone sem fio, quem falasse primeiro ganhava.
3º: Levei duas cartolinas com desenhos de situações do cotidiano, dividi a turma em 2 grupos, pedi para que eles decorassem e formassem uma frase.

Olhem só como ficou!

Beijinhos,
Tia Bia.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DESTAQUE DO DIA!


Boa noite, pessoal!

Caramba, a semana passou correndo. Sexta-feira já está virando a esquina.

Bom, hoje decidi postar aqui a foto de algo que sempre faço com os meus alunos: o destaque do dia.
Fiz um quadro de EVA e coloquei no mural. Além disso, fiz uma tabela no excel com os nomes dos alunos e com todos os dias do mês. Criei plaquinhas amarelas e cada uma recebe o nome de um aluno. O destaque é o seguinte: todos os alunos que respeitam a professora, se comportam bem durante toda a aula, fazem os trabalhos de casa e não esquecem o material entram pro destaque, ou seja, coloco os plaquinhas no quadro e marco na tabela o dia que aquele aluno foi destaque. No fim do mês, aquele que tiver mais pontos, ganha uma lembrancinha minha e se torna o destaque do mês. Além disso, eu também envio um bilhete na agenda explicando o motivo da lembrancinha e também entrego ao aluno um pequeno diploma que eu confecciono no Word mesmo. A criança chega em casa com um diploma de melhor aluno do mês, uma pequena lembrança e ainda um bilhete sobre bom comportamento na agenda, ou seja, ela fica se sentindo rs.

Geralmente, as lembrancinhas que eu dou são...

Para meninas: bolsinha, arco, caderninho de pintura, livro, pulseirinhas, kit com lápis de princesas, joguinho, etc.
Para meninos: carrinho, pipa, caderninho de passatempo, livro, boné, boneco, joguinho, etc.

Preparo um embrulho bem bonito e coloco a lembrança e mais 10 balas.  
Sempre faço isso, pois foi um técnica que realmente mudou o comportamento de muitos alunos, ficaram mais interessados, as notas aumentaram, sem contar os elogios que a criança recebe dos pais e da tia aqui. O melhor de tudo é que no final das contas, a criança compreende que não é necessário ganhar algo material para receber elogios, ela entende que o valor disso tudo está mesmo no orgulho que ela sente de ter conquistado algo pelo seu bom comportamento e, principalmente, na felicidade que os pais demonstram ao saber da novidade.

E aí, o que vocês acharam?

Beijinhos,
Tia Bia.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Boa noite, amadinhos da Tia Bia! rs.
Que saudade de vocês!

Estou cheia de gás para contar o que aconteceu hoje com a minha turminha do 2º ano. Vou lhes contar.
Hoje durante a aula de história, fizemos um trabalho em grupo sobre o combate à fome e desnutrição. Semana passada enviei bilhetes nas agendas dos alunos para que trouxessem fotos e textos sobre o tema.
Foram formados 4 grupos, cada um abordando um segmento diferente:

Grupo 1 (rosa): O que é desnutrição?
Grupo 2 (verde): Países que há desnutrição.
Grupo 3 (amarelo): Desnutrição no Brasil.
Grupo 4: (azul): Como acabar com a fome?


Este foi o primeiro trabalho em grupo que eles fizeram utilizando cartazes. Para ajudá-los a organizarem as informações, marquei os espaços que eles poderiam usar. Então, fiz retângulos em todas as cartolinas, para que eles pudessem por fotos, título, nome do grupo e escreverem os textos.
Primeiro, expliquei que no trabalho em grupo todos precisam participar e que todos devem ajudar uns aos outros. Selecionei um líder para cada grupo, para ficar mais divertido para eles e para desenvolver a capacidade de liderança e organização dos alunos.
Em seguida, comecei o passo a passo. Pedi para que selecionassem e que recortassem as melhores fotos juntos, depois armamos no espaço escolhido para as fotos, comentei que não colocassem as fotos muito coladas nas outras, quando todos organizaram, as gravuras foram coladas.
Mais tarde, colocaram o nome dos integrantes do grupo, seguido do título de cada trabalho.
Depois escolhemos juntos os textos mais interessantes e eles escreveram no cartaz.
Para finalizar, fizemos um acabamento. Passaram canetinha por cima do título e fizeram as bordas das figuras.

No final da aula de história, todos nós conversamos sobre o assunto, refletimos e expomos nossas opiniões.

E aí, o que vocês acharam?

Beijinhos,
Tia Bia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Boa noite, curicada!

Para a gente se divertir um pouquinho, tá aí o jogo dos 10 erros.
Quem encontrar todos, comenta aí.
Depois volto para revelar as respostas.

Beijinhos,
Tia Bia.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Boa noite, gente!

Feriadão acabou e já começou tudo de novo rs.
Olhem só a atividade de artes que fizemos com o tema Independência do Brasil. Usamos bolinhas de papel crepom amarelo e verde.

Beijinhos,
Tia Bia.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Boa noite, galera!!!

Que delícia, gente, feriadão aí! E em homenagem ao 7 de setembro, indepedência do Brasil, fiz com a minha turminha um painel com a nossa bandeira. Para decorá-la, os alunos mergulharam no guache verde e carimbaram com os seus polegares, depois, colaram vários quadradinhos amarelos e se deliciaram com a cola colorida azul. O mais gostoso de tudo foi vê-los curtindo o passo-a-passo da decoração da bandeira.
E vocês, curtiram a nossa arte?

Beijinhos e um ótimo feriadão,
Tia Bia.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

25 de agosto, dia do soldado

Boa noite, amorecos!

Nossa, lembro que quando eu era criança, adorava algumas datas, entre elas, o dia do soldado. Achava o máximo sair da escola com aquele chapéu, com a espada ou com aquele uniforme. Enfim, hoje posto atividade de artes, com pintura, recorte e montagem do soldado.
E vocês, que datas vocês curtiam quando eram crianças?

Beijinhos,
Tia Bia.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Boa noite, pessoal!

E aí, como foi o final de semana? Deu pra descansar um pouquinho, né?

Em ciências, estamos estudando os seres vivos e não vivos, as partes das plantas e suas funções.
Para entender melhor, fizemos uma experiência. Peguei duas garrafas PET, na primeira, plantamos uma mudinha de feijão no algodão; na segunda, colocamos papel picado no algodão também. Regamos as duas garrafas todos os dias, observamos todo o processo e as crianças puderam fazer suas constatações. Para deixar a atividade mais divertida, fizemos uma eleição para escolher um nome para a nossa plantinha. A turma toda votou e por unanimidade o nome escolhido foi Feijãozinho.
Vejam só como o nosso Feijãozinho já está!

Beijinhos,
Tia Bia.


sábado, 1 de setembro de 2012

Boa tarde, galerinha!

Que delícia! Hoje é sábado, o dia está maravilhoso! Então que tal curtir a natureza?
Durante a aula de ciências, estudamos as partes das plantas e suas funções. Montamos um cartaz para deixar exposto no mural. E aí, o que acharam da nossa árvore?

Beijinhos,
Tia Bia.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Boa noite, amorecos!

Hoje é sexta-feira, dia de alegria! \o/ rsrs.
Bom, hoje posto atividade de artes que fizemos sobre o folclore.

Beijinhos,
Tia Bia.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Olá, galerinha.

O Folclore passou e sexta-feira passada minha turminha apresentou a lenda do Curupira. Fizemos a apresentação em forma de jogral e no fim, todos cantaram e dançaram um trecho da música Curupira, do Grupo Pererê. Para decorar, fiz um painel temático de fundo.

Olhem que gracinha é o trecho:

Ninguém sabe se ele vai
Ou se ele está voltando
Ninguém sabe se ele vai
Ou se ele está voltando

Seu cabelo é de fogo
Mas não gosta de queimadas
Ele é o protetor das matas
Inimigo de quem mata
Mau senhor tome cuidado
Pois tu podes encontrar
O Curupira

Beijinhos,
Tia Bia.


Boa noite, curicas!

Que friozinho gostoso nesse Rio de Janeiro! Bom, mas vamos ao que interessa.
Hoje posto dicas de lembrancinha para o Dia dos Pais. Enviem suas dicas também.

Beijinhos,
Tia Bia.



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Boa noite, galerinha!

Nossa, que saudade disso aqui, mas estava sem tempo, uma correria danada. Enfim, aqui estou de volta!
Hoje posto o painel do Super Pai, para o Dia dos Pais, que fiz com a minha turminha.
E aí, o que acharam?

Beijinhos,
Tia Bia.




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O jeito certo de trabalhar o folclore

TEMA VAI MUITO ALÉM DAS LENDAS E CANTIGAS DE RODA. ABORDE ELEMENTOS QUE FAZEM PARTE DO COTIDIANO DOS ALUNOS.

Retirado do site da Revista Nova Escola.

Folclore. Foto: Meireles Junior
Alunos da Escola de Música Lilah Lisboa fantasiados de "Fofão", personagem tradicional do Carnaval Maranhense

Quando chega o mês de agosto, muitos professores tiram os livros sobre folclore da estante, pesquisam na internet e preparam algumas aulas sobre o tema para apresentá-lo aos alunos. "Trabalhar o assunto apenas em agosto se tornou uma tradição no ensino brasileiro", diz Alberto Ikeda, professor de Cultura Popular e Etnomusicologia do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus São Paulo. Esse é um primeiro problema na abordagem do tema - mas nem de longe é o único. Outro equívoco é resumir o folclore às lendas e cantigas de roda, algo raso e redutor.
Uma primeira providência essencial diz respeito à compreensão da noção de folclore. Em sua origem inglesa, informa o dicionário Houaiss, a palavra folclore significa o ato de ensinar (lore) um conjunto de costumes, lendas e manifestações artísticas do povo (folk) preservados pela tradição oral. Essa definição é um tanto redutora se levarmos em consideração o fato de que toda manifestação cultural é influenciada pelo contexto de quem a produz e que esse contexto, por sua vez, está em constante mudança. Sendo assim, o conceito de folclore é muito mais dinâmico do que parece: envolve diversas vertentes da cultura popular (música, dança, relatos orais etc.) e continua sendo produzido até hoje. "É impossível abordar o assunto sem considerar os elementos que fazem parte do cotidiano dos estudantes", afirma Teca Soub, coordenadora do Núcleo de Alfabetização da Prefeitura de São Caetano, SP.
Ensinar ao aluno que os elementos de sua própria cultura fazem parte do folclore brasileiro é um dos maiores desafios enfrentados por professores ao tratar do tema. Quando chegam à escola, as crianças trazem com elas os elementos culturais que estão mais próximo delas. Por isso, explicar a elas que essa "cultura caseira" faz parte da noção de folclore funciona melhor do que simplesmente apresentar lendas e mitos sem contextualizá-los. "Tal atitude faz os alunos considerarem como folclore elementos que estão distantes deles, dos quais não participam", explica Ikeda. "Isso pode provocar um desinteresse geral".
Estimular os estudantes a pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode ser um ótimo ponto de partida para o ensino da noção de folclore. "A criança só pode entender a diversidade se perceber que faz parte disso", diz Ikeda. Uma forma eficiente de trazer essas questões para a sala de aula é contar que o conjunto desses costumes determina os aspectos culturais de um povo.
Tendo isso em mente, fica clara a inadequação de tratar o tema apenas em agosto. Desenvolver projetos que trabalhem aspectos da cultura brasileira no decorrer de todo o ano letivo é fundamental. "Em vez de abordar os elementos da cultura apenas no mês de agosto por mera convenção, é mais coerente adaptar os currículos das escolas de acordo com as manifestações culturais regionais", diz Teca.

A abordagem por etapas de ensino

Educação Infantil 
Para aproximar o folclore da realidade dos alunos na Educação Infantil, os educadores podem inserir nos planos de aula brincadeiras e cantigas de roda (como ponto de partida e não como abordagem exclusiva). Além de estimular o movimento, algo fundamental nessa etária, elas ajudam as crianças a desenvolver a fala. Batucar e dançar ritmos regionais, por exemplo, faz os pequenos entrarem em contato com manifestações artísticas locais, que são expressões de sua cultura. "Começar com aquilo que o aluno traz facilita o entendimento da diversidade cultural", diz Ikeda.

Ensino Fundamental 1
A partir do 1º ano, já é possível contar com a ajuda dos alunos para levantar diversos elementos do folclore, sem perder de vista que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma sequência lógica que leve à construção do conhecimento. Não faz muito sentido para um aluno do Sudeste brasileiro, por exemplo, entrar em contato com mitos e lendas da Amazônia se ele ainda não conseguiu entender a noção de folclore. É com base no levantamento de exemplos de situações mais próximas da realidade dos estudantes que o professor consegue perceber quando eles estão prontos conhecer os aspectos que fazem parte da cultura de outras regiões do país - que ele não pratica, mas que podem ser melhor entendidos por meio dessa análise que parte dos elementos mais conhecidos e segue para outros mais distantes. Para um aluno pernambucano, por exemplo, entender as origens do carnaval de Olinda e aprender mais sobre os festejos locais pode ajudar na identificação de diferenças e semelhanças na celebração da festa no restante do Brasil.

Ensino Fundamental 2
Com a separação das disciplinas nessa etapa de ensino, o folclore geralmente passa a ser tratado apenas nas aulas de Arte. "As manifestações culturais são muito mais complexas e envolvem outros aspectos que ultrapassam a noção de Arte", afirma Teca. "Por isso, devem ser trabalhadas em várias disciplinas que compõem o currículo regular das instituições de ensino". Para compreender o porquê a capoeira foi incorporada à cultura brasileira é preciso ensinar aos alunos que o Brasil foi um país escravocrata e que o jogo era praticado por negros africanos trazidos ao Brasil para serem explorados. Muitos desses homens permaneceram aqui após sua libertação, se espalharam pelas capitais do país e ensinaram aos brasileiros como o esporte era praticado. Neste simples exemplo, temos quatro disciplinas envolvidas: História, Geografia, Educação Física e Arte. A mesma regra vale para a maioria dos conteúdos ensinados em sala de aula.
A mudança no ensino do folclore deve ser feita por meio de uma revisão no currículo de cada escola. Para isso, professores e coordenação tem papel importante: afinal, a escola tem uma função importante na legitimação das representações culturais. Por isso, promover a aproximação junto a grupos de teatro, música ou de dança que ficam no bairro em que a instituição está, por exemplo, pode ajudar os alunos a se sentir sujeitos atuantes da cultura local. "Professores e coordenadores pedagógicos precisam reconhecer os alunos como participantes da cultura, que têm muito a contribuir para a construção da aprendizagem", diz Teca.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Brincar é mais que aprender

A BRINCADEIRA É UMA EXPERIÊNCIA ESSENCIAL, UM MODO DE DECIDIR COMO PERCORRER A PRÓPRIA VIDA COM RESPONSABILIDADE.

Boa noite, galerinha!

Sempre fui a favor dos jogos e brincadeiras como parte crucial do desenvolvimento das crianças. Infelizmente, muita gente não acredita nisso, ou de certa forma, não tiveram oportunidade de estudar sobre o assunto. Criança é criança, como o próprio nome diz, precisam brincar, correr, pular, cair, se machucar, se ralar, se socializar, dividir. Isso ajuda no seu desenvolvimento, fazem novas amizades, aprendem a lidar com a vitória e com a perda, bem como no desenvolvimento da coordenação motora, liderança e trabalho em equipe. Muitos adultos teimam em querer deixá-las sentadas o tempo inteiro, quietas, caladas. Criança não é adulto, sentem a necessidade de brincar, o próprio corpo sente essa necessidade para se desenvolver. Preste atenção, se as crianças são muito quietas, falam pouco e não interagem com ninguém, é preciso ficar atento, alguma coisa pode estar errada.

Vejam abaixo a matéria do Professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Lino de Macedo.


Beijinhos,
Tia Bia.

Retirado do site da Revista Nova Escola.

Foto: Karine Basilio
Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso. Ao fazer essas atividades, elas vivem experiências fundamentais. Daí porque se interessam em repeti-las e representá-las até criarem ou aceitarem regras que possibilitem compartilhar com colegas e brincar e jogar em espaços e tempos combinados.
Por que jogar e brincar pede a repetição? Esses desafios encantam pelo prazer funcional de sua realização. Mesmo que se cansem, as crianças querem (esperam) continuar jogando e brincando. Há um afeto perceptivo, ou seja, algo que agrada ao corpo e ao pensamento. Até o medo e a dor ficam suportáveis, interessantes, porque fazem sentido. Por isso, trata-se de uma experiência que pede repetição por tudo aquilo que representa ou mobiliza. Graças a isso, aprendemos a identificar informações ou qualidades nas coisas ou em nós mesmos - para reconhecer coisas agradáveis e desagradáveis e, assim, variar as experiências e combiná-las das mais variadas formas.

Por que jogar e brincar são formas de representação? Uma das conseqüências maravilhosas, nesse contexto de repetir, variar, recombinar e inventar, é poder criar representações. Quando brincam de casinha, as crianças vivem a experiência de reconstruir o cotidiano e simbolizar a vida. Graças a isso, podem suportar ou compreender os tempos que a mãe, por exemplo, fica longe delas. Representar, mesmo num contexto de faz-de-conta, supõe envolvimento. O representado não está fisicamente aqui, mas simbolicamente sim. Envolver-se é relacionar-se com as coisas de muitos modos. E inventar situações mediadas por pensamentos e histórias construídos na brincadeira. É estar entre, fora, longe, perto, acima, abaixo, é construir simbolicamente um modo de imitar, jogar, sonhar, comunicar e falar com o mundo, inventando uma história nos limites das possibilidades e necessidades.

No primeiro ano de vida, a criança aprende a distinguir entre um sugar que alimenta (o seio) e um sugar que não alimenta (no vazio ou aplicado a um objeto). Graças a isso, pode continuar sugando pelo prazer. A partir do segundo ano, ela aprende a representar, a substituir as coisas pelos sons ou gestos que lhes correspondem. Mas, igualmente, aprende a usar as representações para simbolizar, isto é, recriar a seu modo as coisas e pessoas que lhe são caras. Aprende a jogar ou brincar com a realidade, para representá-la. No processo de desenvolvimento, essas transformações separam sua vida em antes e depois.

Por que jogar e brincar pede formas organizadas de expressão? Para repetir e fazer de conta basta uma pessoa. Mas, ao se desenvolver, a criança não quer só brincar de - ela quer brincar com. Jogos sempre foram experiências de troca. Daí a importância de estabelecer contratos, fixar limites de espaço e tempo, definir objetivos. Realizar um percurso é uma das brincadeiras preferidas das crianças. Mesmo que não saibam, elas estão representando e se preparando para repetir outro percurso que nos foi concedido ao nascer. Percorrer a vida é a tarefa, o problema ou o desejo de todos nós. Não escolhemos a vida, mas devemos escolher os modos de vivê-la. O caminho percorrido não volta. O caminho a percorrer deve ser decidido aqui e agora. Nos jogos, é possível repetir e criar regras, errar e começar de novo. Graças a isso, o outro percurso ganha sentido e passa a ser vivido com mais liberdade e responsabilidade.

terça-feira, 31 de julho de 2012

O que acontece no cérebro enquanto aprendemos outro idioma?

Boa noite, pessoas!

Alguém já parou pra pensar sobre o que acontece no nosso cérebro enquanto realizamos alguma atividade? Confesso que todo tipo de assunto ligado a neurociência me interessa bastante, acho o nosso cérebro completamente fascinante.
 Segundo uma reportagem da Revista Superinteressante, aprender uma segunda língua altera a massa cinzenta do cérebro, a área que concentra a "cabeça" dos neurônios e processa toda a informação. O processo é parecido com a prática de exercícios físicos: quanto mais treinamento, mais os músculos aumentam. Milhares de sinapses e redes de conexões se formam durante o aprendizado para fixar as novas palavras e os novos sons. Isso acontece em diversas áreas do cérebro, mas principalmente em duas delas: a Área de Wenicke (responsável pela compreensão do que o outro fala) e a Área de Broca (que coordena a nossa habilidade de falar). Nosso cérebro guarda para sempre na memória as informações que usamos com frequência. Quanto mais ouvimos escrevemos e falamos uma língua nova, mais conexões se formam entre os neurônios e ao praticarmos mais cada estrutura e cada palavra, mais elas se fortalecem e se fixam em nossa cabeça.

Por que as crianças aprendem mais facilmente?

Quando se aprende um novo idioma na infância, a língua materna e o novo idioma se misturam na mesma área, uma vez que o papel de cada região cerebral ainda não está bem definido e as redes de neurônios se formam com maior velocidade.
Quando se aprende a língua depois de adulto, as funções de cada área já estão mais determinadas, por isso o cérebro acaba usando locais separados para cada uma delas.
Portanto, tudo isso parece difícil depois de adulto. Mas só parece. Na verdade o cérebro só precisa se exercitar por mais tempo do que quando se é criança.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Entrevista com Mirta Torres, estudiosa da didática da leitura e da escrita  

PESQUISADORA ARGENTINA DEFENDE QUE, PARA TRABALHAR COM PRODUÇÃO TEXTUAL, OS PROFESSORES TAMBÉM PRECISAM SER BONS LEITORES E ESCRITORES.


Entrevista retirada do site da Revista Nova Escola.

Como os educadores podem ajudar os estudantes a refinar seus textos?
MIRTA Vou responder citando um caso de alunos de 7 anos que estavam reescrevendo a história de Pinóquio. Eles ditavam para a professora: "Pinóquio caiu no mar e a baleia o engoliu. A baleia ficou com Pinóquio em sua barriga durante três dias e depois de três dias jogou Pinóquio na praia". Ela leu em voz alta o parágrafo, comentou que algo soava mal e releu enfatizando o nome Pinóquio. "Fala-se muitas vezes o nome Pinóquio", concluíram. "Como poderíamos evitar isso?", ela perguntou. Os pequenos sugeriram correções: "Pinóquio caiu no mar e a baleia o engoliu. A baleia ficou com ele em sua barriga durante três dias e depois de três dias o jogou na praia". Depois disso, a professora sugeriu que o fragmento correspondente do conto fosse relido, o que resultou na troca de barriga por ventre. Para evitar a repetição da expressão "três dias", foram propostas algumas opções: "ao final desse tempo", "logo", "depois" e "então". As crianças escolheram "logo". Assim que se chegou à terceira versão, um menino disse que algo soava mal, repetindo a expressão que a docente já havia usado. Ele continuou:
"Quando Pinóquio cai no mar, trata-se de uma baleia, uma baleia qualquer. Depois, quando ela carrega Pinóquio durante três dias na barriga, no ventre, então é a baleia porque não se trata de uma baleia qualquer". Então, foi reescrito: "Pinóquio caiu no mar e uma baleia o engoliu. A baleia ficou com ele em seu ventre durante três dias e logo o jogou na praia".

Como a professora fez para que os alunos incorporassem essa prática?
MIRTA Durante a produção, ela recordou com a turma como e por que havia sido substituído o nome Pinóquio a fim de que fosse elaborada uma regra geral, registrada no caderno: "Quando se fala em um personagem e o leitor sabe que se fala dele, não é necessário escrever seu nome. Podemos colocar 'o', 'a', 'os', 'as'".

Para escrever bem, é fundamental ser um bom leitor?
MIRTA
Sim. A formação leitora ajuda na formação do escritor. A familiaridade com outros textos fornece modelos e conhecimento sobre outros gêneros e estruturas. Devemos ler como escritores: voltar ao texto para verificar de que maneira um autor resolveu um problema semelhante ao que temos em mãos, por exemplo. No mais, a leitura desperta o desejo de escrever. Cabe à escola abrir diversas possibilidades: oferecer títulos que fascinam crianças e jovens sem reforçar o que o mercado já oferece de maneira excessiva. Não precisa ofertar livros do Harry Potter, mas obras de Robert Louis Stevenson (1850-1894), como A Ilha do Tesouro, precisam ser recomendadas. Ambos são valiosos, só que, se os do segundo tipo não forem oferecidos, dificilmente os leitores vão decidir lê-los. Mas há que destacar que nem todo bom leitor é um bom escritor. Muitos de nós somos excelentes leitores, porém somente escrevemos de modo aceitável.

O que se espera de um educador como leitor?
MIRTA Ele deve desfrutar da leitura, estar atento aos gostos dos estudantes e considerar sua importância como uma ponte entre eles e os textos. Pequenas, as crianças não podem sozinhas e, já maiores, precisam de ajuda para acessar grandes obras, que não enfrentariam por iniciativa própria. É válido destacar que o docente que seja um bom leitor é capaz de descobrir a ambiguidade, a obscuridade ou a pobreza presentes nos textos e compartilhar isso com o grupo.

A partir de quando os alunos devem produzir textos?
MIRTA Essa atividade pode ser anterior à aquisição da habilidade de escrever. As discussões entre eles e o professor sobre "como fica melhor", "como se poderia dizer", "o que falta colocar" permitem refletir sobre a escrita. Assim, muitos, antes de estarem plenamente alfabetizados, já conhecem as características da linguagem escrita por terem escutado bastante leitura em voz alta. Quer dizer, já podem se dedicar à produção de textos, como ditantes. Lembro-me de um projeto chamado Cuentos de Piratas, desenvolvido com crianças de 5 anos. A professora lia para elas os contos e todos levavam os livros para casa para reler e folhear. Depois, juntamente com a docente, faziam listas de personagens, tomavam nota dos conflitos que apareciam em histórias de piratas, colocavam legendas na imagem de um barco: timão, vela, proa, popa. Finalmente, em grupo, criaram uma história de piratas.

Quais são as etapas essenciais da produção de texto?
MIRTA A escrita propriamente dita leva tempo: se escreve e se relê para saber como prosseguir, o que falta, se está indo bem, se convém substituir algum parágrafo ou reescrever tudo. O processo de leitura e correção não é posterior à escrita, mas parte dela. Ao considerar terminado, o passo seguinte é reler ou dar para outro leitor fazer isso e opinar. Feitas as correções finais, passa-se o texto a limpo com o formato mais ou menos definitivo. Contudo, as etapas não devem ser enumeradas porque não são fixas e sucessivas. Elas constituem um processo de vai e vem.

Como o educador deve escolher o que enfocar primeiro na revisão?
MIRTA Cada texto é único. Todavia, é imprescindível - sobretudo com turmas que já têm autonomia na produção - fazer uma primeira leitura para checar a coerência. Se os alunos se concentrarem em detalhes, podem não conseguir checar a coerência geral.

Fazer intervenções enquanto os estudantes produzem é correto? Ou é melhor deixá-los terminar e revisar só ao fim do trabalho?
MIRTA As situações didáticas de escrita não são todas iguais. Em alguns casos, é interessante observar os escritos durante o processo para ajudar a turma a relê-los, a retomar o fio do relato e a corrigir uma expressão. Em outros, é melhor deixar que escrevam sem intervir. Há alguns anos, em um projeto com crianças de 7 e 8 anos, lançamos mão de um recurso didático que deu ótimos resultados. Organizávamos as aulas de modo que não houvesse tempo suficiente para terminar os textos, fazendo com que o grupo produzisse apenas uma parte dele. Na aula seguinte, a produção era lida para recordar até onde haviam chegado e decidir como continuar. Essa situação genuína da releitura permite descobrir erros, pensar formas apropriadas de expressão, enfim, ajuda a tomar distância do escrito e retomá-lo como leitor.

É válido que os próprios alunos revisem os textos dos colegas?
MIRTA Minha experiência mostra que nem sempre é produtivo que os estudantes leiam mutuamente as produções dos companheiros. Os menores não entendem a letra e os maiores nem sempre sabem o que procurar, o que faz com que fiquem detidos em detalhes que não interferem na qualidade final. A revisão dos colegas ganha valor quando o professor propõe revisar conjuntamente o texto, orientando a leitura e sugerindo opções. O texto eleito para ser revisado coletivamente deve representar os obstáculos que a maioria encontra. Uma vez descobertos no texto do companheiro os aspectos que devem ser revistos, o professor pode sugerir que cada um revise sua própria produção.
Como ensinar gramática e as normas da língua no interior das práticas de leitura e escrita?
MIRTA Efetivamente, se recorrem à gramática e às normas da língua quando é necessário penetrar em aspectos da compreensão de um texto, como "qual é o sujeito do parágrafo?", mas principalmente para revisar. De acordo com a idade da garotada, alguns aspectos são retomados em outros momentos, dedicados só à reflexão gramatical.

É comum encontrarmos pessoas que dizem não saber escrever bem e se sentem mais seguras ao falar, o que leva a entender que a passagem do oral para o escrito é o ponto de dificuldade delas. Como isso pode ser enfrentando na escola?
MIRTA Não creio que isso se deva à passagem do oral para o escrito. A fala permite gestos, alusões que reforçam o peso do que foi dito. Temos uma grande prática cotidiana na comunicação oral e muito menor na escrita. Quem considera mais fácil se comunicar oralmente está, sem dúvida, pensando em trocas familiares e não em apresentações orais formais, como as conferências, que exigem verbalizar e organizar todos os momentos da exposição. Nesses casos, as dificuldades encontradas são parecidas com a de escrever. Ensinar a escrever e a falar de forma aceitável exige empenho do professor, que deve guiar a turma com mãos firmes e seguras.